O atraso com que o
poder público atende às demandas da sociedade brasileira é evidente, revela-se
como epidemia. Em ritmo acelerado, o crescimento populacional propulsiona a
procura por creches, escolas e postos de saúde, entidades que atendam às
necessidades básicas.
Multiplicam-se as
adversidades urbanas, como congestionamentos a educação básica de baixa
qualidade e carência de segurança. Geralmente, ao receber essas reivindicações
populares, o poder público se encontra frente a um dilema: “como resolver todas
essas demandas?”
Quando (e se) acordam
para o problema, os gestores públicos se deparam com questões tão amplas e
complexas que parecem fugir ao controle. Ainda que sejam propostas soluções,
chegam de maneira lenta e logo defasadas, insuficientes para dar conta das novas
demandas geradas ao longo do tempo. Afinal, por que isto acontece?
Os prefeitos,
governadores e presidentes são cidadãos brasileiros escolhidos entre os demais pelo
povo para administrar cidades, estados e o país. Infelizmente, na maior parte
dos casos, eles não são capazes de formar equipes competentes, pois acabam
acolhendo cabos eleitorais e candidatos derrotados para dirigir as secretarias
e ministérios.
Em função deste
critério de escolha, aqueles que deveriam sanar (ainda que parcialmente) as
questões que afligem a sociedade, acabam, em geral, decepcionando os eleitores,
o que gera resultados muito abaixo da média.
A falta de
prioridade quanto ao planejamento também constitui um aspecto que merece
atenção, cujo princípio remete à indagação: “planejar para quê quando o negócio
é agir?”. Nesse sentido, desconsidera-se que sem os devidos projetos,
previamente elaborados, a execução acaba saindo torta - sem atender às
expectativas da população.
Planejar é antecipar
as dificuldades para a execução, elencando as atividades necessárias para
contornar imprevistos com soluções inteligentes. Assim, o objetivo de concluir
o projeto, com êxito, se torna mais próximo de ser atingido.
Cada vez mais, é
fundamental enxergar as secretarias de planejamento na qualidade de principal
secretaria de todo governo municipal, onde se estimula o pensamento do futuro
do município, do estado. Nesse local deveriam estar concentrados ainda os
melhores cérebros da região, já que eles serão os responsáveis por planejar o
futuro.
A partir de um bom planejamento,
o poder público não tardaria em atender as necessidades da população, já que o
atendimento efetivo dessas demandas seria pensado no passado com vistas para o
futuro. Falta de recursos é pretexto, já que o planejamento permite a
construção de bons projetos, a busca por recursos e, por fim a realização dos
sonhos da população.
Fernando
de Barros é engenheiro civil, especialista em Planejamento e Gestão Ambiental,
mestre em Engenharia de Edificações e Saneamento e responsável técnico da Master Ambiental.
Fonte: Master Ambiental
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