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sábado, 18 de janeiro de 2014

Por que o poder público sempre chega atrasado? Fernando de Barros


O atraso com que o poder público atende às demandas da sociedade brasileira é evidente, revela-se como epidemia. Em ritmo acelerado, o crescimento populacional propulsiona a procura por creches, escolas e postos de saúde, entidades que atendam às necessidades básicas.

Multiplicam-se as adversidades urbanas, como congestionamentos a educação básica de baixa qualidade e carência de segurança. Geralmente, ao receber essas reivindicações populares, o poder público se encontra frente a um dilema: “como resolver todas essas demandas?”

Quando (e se) acordam para o problema, os gestores públicos se deparam com questões tão amplas e complexas que parecem fugir ao controle. Ainda que sejam propostas soluções, chegam de maneira lenta e logo defasadas, insuficientes para dar conta das novas demandas geradas ao longo do tempo. Afinal, por que isto acontece?

Os prefeitos, governadores e presidentes são cidadãos brasileiros escolhidos entre os demais pelo povo para administrar cidades, estados e o país. Infelizmente, na maior parte dos casos, eles não são capazes de formar equipes competentes, pois acabam acolhendo cabos eleitorais e candidatos derrotados para dirigir as secretarias e ministérios.

Em função deste critério de escolha, aqueles que deveriam sanar (ainda que parcialmente) as questões que afligem a sociedade, acabam, em geral, decepcionando os eleitores, o que gera resultados muito abaixo da média.

A falta de prioridade quanto ao planejamento também constitui um aspecto que merece atenção, cujo princípio remete à indagação: “planejar para quê quando o negócio é agir?”. Nesse sentido, desconsidera-se que sem os devidos projetos, previamente elaborados, a execução acaba saindo torta - sem atender às expectativas da população.

Planejar é antecipar as dificuldades para a execução, elencando as atividades necessárias para contornar imprevistos com soluções inteligentes. Assim, o objetivo de concluir o projeto, com êxito, se torna mais próximo de ser atingido.

Cada vez mais, é fundamental enxergar as secretarias de planejamento na qualidade de principal secretaria de todo governo municipal, onde se estimula o pensamento do futuro do município, do estado. Nesse local deveriam estar concentrados ainda os melhores cérebros da região, já que eles serão os responsáveis por planejar o futuro.

A partir de um bom planejamento, o poder público não tardaria em atender as necessidades da população, já que o atendimento efetivo dessas demandas seria pensado no passado com vistas para o futuro. Falta de recursos é pretexto, já que o planejamento permite a construção de bons projetos, a busca por recursos e, por fim a realização dos sonhos da população.

Fernando de Barros é engenheiro civil, especialista em Planejamento e Gestão Ambiental, mestre em Engenharia de Edificações e Saneamento e responsável técnico da Master Ambiental

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Érica Sena
Pensar Eco

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