quarta-feira, 27 de maio de 2015

Hoje é dia dela, que tal conhecer mais Mata Atlântica?




A Mata Atlântica abrangia uma área equivalente a 1.315.460 km2 e estendia-se originalmente ao longo de 17 Estados (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Alagoas, Sergipe, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará e Piauí).


Hoje, restam 8,5 % de remanescentes florestais acima de 100 hectares do que existia originalmente. Somados todos os fragmentos de floresta nativa acima de 3 hectares, temos atualmente 12,5%. 

É um Hotspot mundial, ou seja, uma das áreas mais ricas em biodiversidade e mais ameaçadas do planeta e também decretada Reserva da Biosfera pela Unesco e Patrimônio Nacional, na Constituição Federal de 1988. A composição original da Mata Atlântica é um mosaico de vegetações definidas como florestas ombrófilas densa, aberta e mista; florestas estacionais decidual e semidecidual; campos de altitude, mangues e restingas.

Vive na Mata Atlântica atualmente quase 72% da população brasileira, com base nas estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em 2014. São mais de 145 milhões de habitantes em 3.429 municípios, que correspondem a 61% dos existentes no Brasil. Destes, 2.481 municípios possuem a totalidade dos seus territórios no bioma e mais 948 municípios estão parcialmente inclusos, conforme dados extraídos da malha municipal do IBGE (2010).

Projeto de Lei da Mata Atlântica, que regulamenta o uso e a exploração de seus remanescentes florestais e recursos naturais, tramitou por 14 anos no Congresso Nacional e foi finalmente sancionado pelo presidente Lula em dezembro de 2006.

O Brasil já tem mais de 1.100 RPPNs reconhecidas, sendo que mais de 760 delas estão na Mata Atlântica. Das 633 espécies de animais ameaçadas de extinção no Brasil, 383 ocorrem na Mata Atlântica.


Vivem na Mata Atlântica
Mais de 20 mil espécies de plantas, sendo 8 mil endêmicas;
270 espécies conhecidas de mamíferos;
992 espécies de pássaros;
197 répteis;
372 anfíbios;
350 peixes.

Benefícios
Sete das nove bacias hidrográficas brasileiras;
Regulagem do fluxo de mananciais hídricos;
Controle do clima;
Fonte de alimentos e plantas medicinais;
Lazer, ecoturismo, geração de renda e qualidade de vida.


Pressão sobre a Mata Atlântica

Habitada por mais de 131 milhões de habitantes em 3.284 municípios, equivalente a 69% da população brasileira;
Extração de pau-brasil, ciclos econômicos de cana-de-açúcar, café e ouro;
Agricultura e agropecuária;
Exploração predatória de madeira e espécies vegetais;
Industrialização, expansão urbana desordenada;
Poluição.





Fundação SOS Mata Atlântica divulgou hoje  novos dados sobre a situação da Mata Atlântica 


A Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) divulgaram hoje 27/05, Dia Nacional da Mata Atlântica, os novos dados do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, no período de 2013 a 2014. A iniciativa tem o patrocínio de Bradesco Cartões e execução técnica da empresa de geotecnologia Arcplan.

O estudo aponta desmatamento de 18.267 hectares (ha), ou 183 Km², de remanescentes florestais nos 17 Estados da Mata Atlântica no período de 2013 a 2014, o que equivale a 18 mil campos de futebol, constituindo, porém, uma queda de 24% em relação ao período anterior (2012-2013), que registrou 23.948 ha.

Acesse os dados completos no servidor de mapas 


Acesse o relatório técnico:


Faça download de imagens das áreas monitoradas em: https://www.sosma.org.br/download/atlas/


2 comentários:

  1. Permitam-me, mas estou postando um poema que compus à Mãe Terra e que o publiquei na SMP Sociedade Mundial dos Poetas.

    Prece ao Meio Ambiente
    (Clélio Muniz Pires - Publicado na SMP em nov.2014).

    Ó mãe, receba esta prece de apelo à tua venerável sabedoria
    Que por tantos séculos me acolhe em teus seios
    Sacia minha fome com o fruto vital e bendito do teu ventre
    Protege o meu ser da escuridão, dos frios e das chuvas
    E abriga o meu espírito no aconchego da tua pureza

    Criaste a beleza das coisas incompreensíveis à minha volta
    Os rios, os montes e o solo fértil para a semeadura
    As sombras das árvores e o perfume das flores frescas
    Que sob o signo do Sol e do olhar atento da lua
    Os entregastes a mim na confiança da tua infinita bondade

    Ó mãe, peço perdão se eu não soube zelar pela tua sábia existência
    Profanando os mais sublimes dos teus ensinamentos
    Que pela sede do poder destruí a essência da tua criação
    Tornando impróprios os caminhos da humanidade
    Contaminando as tuas águas e o verde dos teus prados

    Nas cruzadas subjuguei meus semelhantes para impor a minha fé
    Destruí irmãos em nome da irresponsabilidade da minha avareza
    Em campos de aço e de concentração fiz guerras e atrocidades
    Querendo mais domínios fui implacável escravizando quantos pude
    Do urânio e do plutônio fiz bombas aniquilando Hiroshima e Nagazaki

    Ó mãe, quase não restam pássaros nos teus domínios
    Desmatei florestas matando os seus animais e segregando índios
    Contaminei o ar com óxido nitroso, gás metano e dióxido de carbono
    Infectei os mares com meus dejetos quase pondo fim aos peixes
    E hoje eu temo pela preservação de minha morada

    Mãe, você tem mandado sinais da tua enfermidade
    Por isso eu peço perdão por todo o mal que lhe causei
    Quero me redimir, mas tenho medo de não poder curar tuas chagas
    Talvez por ser tarde demais, ou então por culpa da minha pobreza
    Então mais uma vez lhe peço, derrama a tua luz em minha alma!

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Abs,
Érica Sena
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