Não
sei vocês, mas cada vez me assusto mais com as atitudes “estranhas” e
inconsequentes do ser humano. Será que nossa espécie está surtando de vez,
diante de tanta tecnologia?
Só
ler, assistir os noticiários diários, além dos posts nas Redes Sociais que nos
deparamos com notícias diversas que comprovam a insanidade humana. Nem vou
citar casos de violência, pois nossa espécie desde o começo adora um duelo bem
sangrento, e muitos ainda continuam nessa época, e resolvem tudo na força, e
hoje em dia nem precisa força, só uma arma carregada.
Voltando
ao assunto, tenho observado que o ser humano perdeu a noção do ridículo e do
correto em nome da ostentação, medida atualmente pelas curtidas nas suas redes
sociais. Agora vale tudo para se aparecer! Até pouco tempo falávamos que o “ter”,
era mais importante do que o “ser”, hoje, é um pouquinho pior, pois o” ostentar
algo” , como: poder, coragem, além de bens materiais nas mídias sociais, sobressai
a todos os outros. É tão forte essa tendência que muitas pessoas, com intuito
de ter muitas curtidas, sofrem acidentes e até morrem para tirar suas selfies
em locais perigosos. Vivemos no mundo da ostentação, e do passar uma falsa
felicidade ao meio virtual. Para mim só mostra o quanto as pessoas são
infelizes e desiquilibradas.
Enquanto
as selfies eram apenas os biquinhos, com várias paisagens ao fundo, ainda dava
para aguentar, mas agora está complicando mais, pois usam como coadjuvantes de
suas selfies, animais, colocando-os em risco de vida.
Casos assim pudemos acompanhar recentemente nas mídias, como
foi o caso de banhistas que retiraram um filhote de golfinho do mar na
Argentina para tirar selfies com ele, que tem duas versões atualmente, a que
fotografaram com ela já morto, e outra pior, que foi tirado com vida,
resultando no óbito dele, pois ficou muito tempo fora da água. Independente da
versão correta, ambas exemplificam atitudes insanas. Outro caso foi o dos
turistas que foram visitar uma área de desova de tartarugas na Costa Rica, e ao
verem os animais na areia, resolveram tirar fotos com eles, e a consequência
disso, foi que as tartarugas voltaram ao mar sem completar a desova,
comprometendo o nascimento dos filhotes.
Quantos caso devem ocorrer de pessoas que resolvem
arrancar espécies animais e
vegetais do seu habitat para tirar fotos? Quem nunca arrancou uma bela flor
para colocar no cabelo ou dar para alguém? A flor é o órgão reprodutor da
planta, se você a tira, interfere negativamente na perpetuação da espécie. Isso
é um desrespeito a natureza, assim como, os que pegaram o golfinho, sabia?
A natureza é bela, mas
ela deve ser conservada. Podemos apreciar, tirar fotos, até tocá-la com cuidado,
mas sem causar destruição e sem machucar os seres existentes. Isso é crime
ambiental!
Passam- se décadas, e o
ser humano ainda está muito atrasado moralmente, não sabe onde acaba o seu
limite e começa o do próximo, seja ele da sua espécie ou não.
A natureza sempre sai
perdendo com a presença do ser humano, pois usamos dos recursos que ela tem de
modo irracional, poluímos e contaminamos os diversos ecossistemas, jogamos o
lixo aonde nos der na telha, destruímos tudo, e depois nos sentimos vítimas
quando catástrofes acontecem. Até quando continuaremos a nos portar como seres
inferiores, desequilibrados e mal-agradecidos?
As pessoas,
independente da crença religiosa, pregam a fé, amor, o respeito, mas não
percebem que em todas as coisas da natureza tem uma centelha divina, e cada vez
que a destruímos, estamos indo contra ao criador dela. O nosso dever cuidar da
natureza, pois sem ela não somos nada, e não teremos nada para ostentar. Somo
parte deste Planeta, e não o dono dele. Somos peças de uma conexão grandiosa,
onde todos os seres têm suas funções, mas depende do outro para sobreviver. Acorda
bicho homem, você não é a última bolacha do pacote! O Planeta sobreviverá muito
bem sem sua presença!
Aos que já entenderam
isso, temos uma missão grande de conscientizar os demais a ostentarem bons
hábitos, bons sentimentos, e ótimos exemplos no mundo virtual e principalmente
no real. Precisamos menos bla, bla, bla, e mais atitudes conscientes!
Érica Sena
* Publicado primeiramente no site Amplifique-se na Coluna ambiental que escrevo.
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