Minha entrevista não está vinculada a partidos político,nem campanha política, mas sim, por simpatizar pelo trabalho que ele vem realizando dentro dos seus mandatos. Espero que apreciem!
Fique agora com a Parte 2 da entrevista feita pelo Pensar Eco ao Vereador Aurélio Nomura: áreas verdes, solo e poluição sonora
Pensar Eco: A Lei de
criação do Parque Augusta é de sua autoria. Qual é a importância deste Parque
urbano para o município de SP?
Ver.Aurélio Nomura: Se
observarmos a região onde se localiza esta área, notamos que há carência de
áreas de lazer, já que os existentes no entorno precisam de haver deslocamento
do público para frequentá-los, dificultando a ida.
Nesta área existe resquícios de Mata Atlântica
da região metropolitana de São Paulo, exprimidas entre as construções que se
acentuaram nos últimos anos. No entorno foram construídos 40 prédios de mais de
30 andares.
Como
defensor do Parque Augusta há pelo menos dez anos, me juntei a esta luta e em parceria com
o ex-vereador Juscelino Gadelha (PSB), criando um Projeto de Lei 345/2006, que
deu origem à Lei 15.941/2013, que determina que o Parque Augusta ocupe 100% do terreno,
determinando a localização do parque na confluência das ruas Augusta, Caio
Prado e Marquês de Paranaguá, em área da Subprefeitura da Sé.
O
Prefeito assinou e prometeu que faria este Parque, mas na atual gestão alegou
falta de verba, motivo esse que gerou uma ação de improbidade do Ministério
Público em relação a Prefeitura.
Sabemos
que poderia ser usado para a compra da área, uma parte da indenização de US$ 20
milhões paga pelo Deutsche Bank à Prefeitura de São Paulo, no acordo com o
Ministério Público Estadual por ter movimentado dinheiro de obras públicas na
gestão do ex-prefeito Paulo Maluf.
·
Saiba mais sobre o que o Vereador
fala sobre esse tema:
Crédito de Imagem: site Ver. Aurélio Nomura |
Pensar Eco: Sobre o
lixão da Vila Jaguara. Sabemos que sua atuação na Câmara foi bastante
crítica ao modelo adotado pela Prefeitura. A administração Haddad foi
insensata para com os reclamos da sociedade?
Para quem não sabe o bairro da Vila Jaguara foi escolhido pela Loga (Logística Ambiental de São Paulo), concessionária da Prefeitura, para a construção de uma nova estação de transbordo de lixo, o “LIXÃO”, denominado pelo Movimento que luta contra este empreendimento de alto impacto ambiental para a vizinhança.
O local
foi escolhido pela proximidade com a Rodovia Anhanguera, reduzindo os custos de
transporte pela empresa. A previsão é de receberem 2,5 mil toneladas de
lixo/dia, distribuída em 280 viagens, que seria um caminhão de lixo a cada 4
minutos.
Os
moradores do entorno se uniram e criaram um movimento contra o lixão, que
contaram com o apoio do Ver. Aurélio Nomura.
O
movimento apoia a construção de habitações de interesse social no espaço, e não
a implantação do “lixão”.
Ver.Aurélio Nomura: Sim (risos) é insensata,
principalmente com os reclamos dos moradores da Vila Jaguara, Zona oeste de São
Paulo, que lutaram contra a implantação do “Lixão” desde 2013.
Apoio a
luta do Movimento Contra o Lixão da Vila Jaguara desde o início, já que esta
instalação poderá afetar gravemente a saúde e a qualidade de vida dos
moradores. Mas, infelizmente, a nova Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação de
Solo, ignorando a emenda dos Vereadores para que o local fosse uma Zona especial
de interesse social-ZEIS, transformou o local em Zona Predominantemente
Industrial-ZPI. Mesmo assim, continua tramitando na Câmara Municipal, um
Projeto de Lei de minha autoria, que enquadra esta área industrial como Zona
Mista, permitindo a construção de moradias populares.
Pensar Eco: O senhor foi
relator da CPI das Áreas Contaminadas. A USP Leste recebeu, segundo o Relatório
Final da CPI, 6066 caminhões de solo contaminado com Poluentes Orgânicos
Persistentes, os terríveis POPs.
Qual a sua proposta para a reabilitação das áreas contaminadas em São Paulo,
considerando que o Relatório da CETESB aponta para mais 4.000 áreas
contaminadas no município.
Ver. Aurélio Nomura Eu fui o relator da Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI) das áreas contaminadas em 2014 para apurar
denúncias de áreas contaminadas na cidade de São Paulo, que gerou um relatório
de 47 páginas.
Foram
alvo de investigação da CPI os casos de contaminação da USP Leste, Estação de
Transbordo de Resíduos Domiciliares de Ponte Pequena, Estação de Transbordo de
Resíduos Domiciliares Anhanguera, Bann Química, Jardim Keralux, Escola
Municipal de Educação Infantil Vicente Paulo da Silva, Escola Municipal de
Educação Fundamental Clóvis Graciano e área do Conjunto Habitacional Nossa
Senhora da Penha, na região da Vila Nova Cachoeirinha, na zona norte da cidade.
Com o
crescimento imobiliário e sem terrenos disponíveis, as construtoras têm erguido
empreendimentos em terrenos impróprios para moradia, cujo solo pode estar
contaminado, em função da atividade exercida anteriormente no local.
De acordo
com a Cetesb, existem 4.131 áreas contaminadas em São Paulo, que oferecem altos
riscos à população.
Temos um
Projeto de Lei em tramitação (PL 76/2013) que estipula o prazo de 18 meses para
descontaminação do solo deixado como passivo ambiental por várias indústrias
estabelecidas no município de São Paulo nas décadas de 50 a 70, e com isso
garantimos à população que não seja submetida aos riscos provocados por
contaminantes diversos existentes no solo.
Pensar Eco: Ambientalistas no mundo todo passaram a tratar como prioridade o combate à poluição sonora que é extremamente agressiva à saúde humana. São Paulo é uma das cidades mais barulhentas do mundo. Quais são as medidas que estão em curso na cidade para a mitigação desta fonte de poluição?
Ver.Aurélio Nomura: Nós perdemos uma grande chance de aprovar a emenda
que exigisse que no Plano Diretor Estratégico, fosse incluído um mapa de ruídos
urbanos, com objetivo de servir de alerta para o governo para onde se encontra
problema, e ao mesmo tempo, propor soluções para redução desse impacto na sociedade.
Na minha visão temos que mapear onde existem problemas, inclusive o de poluição
sonora, para que sejam tomadas medidas pertinentes de curto, médio ou longo
prazo.
Atualmente estamos com outro projeto de lei, que acabou de ser aprovado
e segui para a sansão do Prefeito, PL 75/2013, que institui o Mapa do ruído
urbano de São Paulo. Ele tem como objetivo identificar as fontes de emissão de
ruídos no Município para implantar políticas públicas, e conscientizar a
população sobre os danos que a poluição sonora pode causar a saúde.
Pensar Eco: Uma frase, um livro e um disco predileto.
Ver.Aurélio Nomura:
Frase: “ Você pode perder qualquer coisa em sua vida, só não perca a virtude. ”
Livro:
Bruno
Giuliani: uma vida..um romance: da Itália ao Brasil .
Disco:
Let Be dos Beatles
Agradeço em especial ao Vereador Aurélio Nomura, assim como a sua equipe pela entrevista e gentileza, principalmente o chefe de Gabinete Nelson Watanabe, a Assessora de Imprensa Érika Porto e o Assessor Edson Domingues.
Muito bom!! Espero que tenham gostado!
Érica Sena- Junho de 2016
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