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sexta-feira, 24 de junho de 2016

O trabalho do Ver. Aurélio Nomura na área ambiental no Município de SP - Parte 2

Em virtude da minha entrada no Movimento em defesa do Parque Cidade de Toronto, tive a oportunidade de conhecer o Vereador Aurélio Nomura, e conhecer um pouco mais sobre sua luta ambiental em sua vida política, e por isso sugeri fazer uma entrevista com ele em seu gabinete na CMSP, que gentilmente foi aceita, resultando nesta matéria, dividida em partes, aos leitores do Pensar Eco.
 

Minha entrevista não está vinculada a partidos político,nem campanha política, mas sim, por simpatizar pelo trabalho que ele vem realizando dentro dos seus mandatos. Espero que apreciem!


Leia a Parte 1 desta entrevista: Recursos hídricos

Fique agora com a Parte 2 da entrevista feita pelo Pensar Eco ao Vereador Aurélio Nomura: áreas verdes, solo e poluição sonora

Pensar Eco:  A Lei de criação do Parque Augusta é de sua autoria. Qual é a importância deste Parque urbano para o município de SP?

 Ver.Aurélio Nomura: Se observarmos a região onde se localiza esta área, notamos que há carência de áreas de lazer, já que os existentes no entorno precisam de haver deslocamento do público para frequentá-los, dificultando a ida.

 Nesta área existe resquícios de Mata Atlântica da região metropolitana de São Paulo, exprimidas entre as construções que se acentuaram nos últimos anos. No entorno foram construídos 40 prédios de mais de 30 andares.

Como defensor do Parque Augusta há pelo menos dez anos, me juntei a esta luta e em parceria com o ex-vereador Juscelino Gadelha (PSB), criando um Projeto de Lei 345/2006, que deu origem à Lei 15.941/2013, que determina que o Parque Augusta ocupe 100% do terreno, determinando a localização do parque na confluência das ruas Augusta, Caio Prado e Marquês de Paranaguá, em área da Subprefeitura da Sé.

O Prefeito assinou e prometeu que faria este Parque, mas na atual gestão alegou falta de verba, motivo esse que gerou uma ação de improbidade do Ministério Público em relação a Prefeitura.
Sabemos que poderia ser usado para a compra da área, uma parte da indenização de US$ 20 milhões paga pelo Deutsche Bank à Prefeitura de São Paulo, no acordo com o Ministério Público Estadual por ter movimentado dinheiro de obras públicas na gestão do ex-prefeito Paulo Maluf.

·         Saiba mais sobre o que o Vereador fala sobre esse tema:

Crédito de Imagem: site  Ver. Aurélio Nomura 

Pensar Eco: Sobre o lixão da Vila Jaguara. Sabemos que sua atuação na Câmara foi bastante crítica ao modelo adotado pela Prefeitura. A administração Haddad foi insensata para com os reclamos da sociedade?

Para quem não sabe o bairro da Vila Jaguara foi escolhido pela Loga (Logística Ambiental de São Paulo), concessionária da Prefeitura, para a construção de uma nova estação de transbordo de lixo, o “LIXÃO”, denominado pelo Movimento que luta contra este empreendimento de alto impacto ambiental para a vizinhança.
O local foi escolhido pela proximidade com a Rodovia Anhanguera, reduzindo os custos de transporte pela empresa. A previsão é de receberem 2,5 mil toneladas de lixo/dia, distribuída em 280 viagens, que seria um caminhão de lixo a cada 4 minutos.
Os moradores do entorno se uniram e criaram um movimento contra o lixão, que contaram com o apoio do Ver. Aurélio Nomura.
O movimento apoia a construção de habitações de interesse social no espaço, e não a implantação do “lixão”.

 Ver.Aurélio Nomura: Sim (risos) é insensata, principalmente com os reclamos dos moradores da Vila Jaguara, Zona oeste de São Paulo, que lutaram contra a implantação do “Lixão” desde 2013.

Apoio a luta do Movimento Contra o Lixão da Vila Jaguara desde o início, já que esta instalação poderá afetar gravemente a saúde e a qualidade de vida dos moradores. Mas, infelizmente, a nova Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação de Solo, ignorando a emenda dos Vereadores para que o local fosse uma Zona especial de interesse social-ZEIS, transformou o local em Zona Predominantemente Industrial-ZPI. Mesmo assim, continua tramitando na Câmara Municipal, um Projeto de Lei de minha autoria, que enquadra esta área industrial como Zona Mista, permitindo a construção de moradias populares.
 
Crédito de Imagem: site  Ver. Aurélio Nomura 
Pensar Eco: O senhor foi relator da CPI das Áreas Contaminadas. A USP Leste recebeu, segundo o Relatório Final da CPI, 6066 caminhões de solo contaminado com Poluentes Orgânicos Persistentes, os terríveis POPs. Qual a sua proposta para a reabilitação das áreas contaminadas em São Paulo, considerando que o Relatório da CETESB aponta para mais 4.000 áreas contaminadas no município.


Ver. Aurélio Nomura Eu fui o relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das áreas contaminadas em 2014 para apurar denúncias de áreas contaminadas na cidade de São Paulo, que gerou um relatório de 47 páginas.
Foram alvo de investigação da CPI os casos de contaminação da USP Leste, Estação de Transbordo de Resíduos Domiciliares de Ponte Pequena, Estação de Transbordo de Resíduos Domiciliares Anhanguera, Bann Química, Jardim Keralux, Escola Municipal de Educação Infantil Vicente Paulo da Silva, Escola Municipal de Educação Fundamental Clóvis Graciano e área do Conjunto Habitacional Nossa Senhora da Penha, na região da Vila Nova Cachoeirinha, na zona norte da cidade.
Com o crescimento imobiliário e sem terrenos disponíveis, as construtoras têm erguido empreendimentos em terrenos impróprios para moradia, cujo solo pode estar contaminado, em função da atividade exercida anteriormente no local.
De acordo com a Cetesb, existem 4.131 áreas contaminadas em São Paulo, que oferecem altos riscos à população.

Temos um Projeto de Lei em tramitação (PL 76/2013) que estipula o prazo de 18 meses para descontaminação do solo deixado como passivo ambiental por várias indústrias estabelecidas no município de São Paulo nas décadas de 50 a 70, e com isso garantimos à população que não seja submetida aos riscos provocados por contaminantes diversos existentes no solo.


Pensar Eco:
 Ambientalistas no mundo todo passaram a tratar como prioridade o combate à poluição sonora que é extremamente agressiva à saúde humana. São Paulo é uma das cidades mais barulhentas do mundo. Quais são as medidas que estão em curso na cidade para a mitigação desta fonte de poluição?

Ver.Aurélio Nomura:  Nós perdemos uma grande chance de aprovar a emenda que exigisse que no Plano Diretor Estratégico, fosse incluído um mapa de ruídos urbanos, com objetivo de servir de alerta para o governo para onde se encontra problema, e ao mesmo tempo, propor soluções para redução desse impacto na sociedade. Na minha visão temos que mapear onde existem problemas, inclusive o de poluição sonora, para que sejam tomadas medidas pertinentes de curto, médio ou longo prazo. 

Atualmente estamos com outro projeto de lei, que acabou de ser aprovado e segui para a sansão do Prefeito, PL 75/2013, que institui o Mapa do ruído urbano de São Paulo. Ele tem como objetivo identificar as fontes de emissão de ruídos no Município para implantar políticas públicas, e conscientizar a população sobre os danos que a poluição sonora pode causar a saúde.


Pensar Eco: Uma frase, um livro e um disco predileto.


Ver.Aurélio Nomura:
 
Frase: “ Você pode perder qualquer coisa em sua vida, só não perca a virtude.



Livro: 
Bruno Giuliani: uma vida..um romance: da Itália ao Brasil .

Disco:

  Let Be dos Beatles


Agradeço em especial ao  Vereador Aurélio Nomura, assim como a sua equipe pela entrevista e gentileza, principalmente o chefe de Gabinete Nelson Watanabe, a  Assessora de Imprensa Érika Porto e o Assessor Edson Domingues.

   Muito bom!! Espero que tenham gostado!



                                         Érica Sena- Junho de 2016

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