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segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Cadê o legado ambiental proposto para as Olimpíadas, Rio de Janeiro? Érica Sena



Estamos a um passo de acontecer um grande evento no Brasil, em especial, no Rio de Janeiro, as Olimpíadas e Paraolimpíadas 2016, e já começamos a ganhar medalhas de latão ou coisa pior, em várias modalidades: obras malfeitas, insustentáveis e superfaturadas, falta de segurança, e de estrutura para todos os atletas e público. E pior, cadê o legado ambiental prometido?

No caderno de encargos dos Jogos Olímpicos de 2016, documento que reúne compromissos assumidos por conta do evento, previa alguns projetos ambientais, que seria um dos legados desta Olimpíada, mas segundo o Relatório de acompanhamento pelo Tribunal de Contas da União (TCU), esse legado foi quase nulo.

Entre os projetos ambientais previstos estavam: despoluição da Baía de Guanabara, a limpeza das lagoas da região do Parque Olímpico, além da limpeza e canalização dos rios da Bacia de Jacarepaguá.

Segundo informações da mídia escrita UOL, após o governo do Rio atrasar a despoluição da Baía de Guanabara e a limpeza das lagoas da região do Parque Olímpico, foi a vez da Prefeitura do RJ abandonar o projeto de recuperação de rios cariocas, que seria feito pela o Consórcio Rios de Jacarepaguá para a recuperação da hidrográfica da região. O consórcio era formado por duas construtoras, a Andrade Gutierrez e a Carioca Engenharia. Ambas estão envolvidas em esquemas de corrupção apurados na Operação Lava-Jato.

A situação da Baía de Guanabara é lamentável, um lixão aquático, que põe em risco a saúde dos esportistas, além de deixar o cartão postal da “ Cidade Maravilhosa” horrível. Se esta obra, que estimava tratamento de 80% do esgoto despejado no local, fosse feita, com certeza seria o principal legado ambiental, e teríamos o que comemorar.

O único projeto da área de meio ambiente ligado à Rio-2016 que, oficialmente, está em dia é o do saneamento da zona oeste do Rio, tocado pela Prefeitura. Acontece que ele, planejadamente, não ficará pronto para a Olimpíada. A expectativa é que só a primeira fase da iniciativa seja concluída para os Jogos. ” (UOL)

O único legado ambiental que esta Olimpíada deixará são as Medalhas produzida pela Casa da Moeda, que foram feitas de modo mais sustentável:
Medalha de ouro: extração de ouro sem uso de mercúrio;
Medalha de Prata: uso de prata reciclada;
Medalha de Bronze: uso de cobre reciclado.

Assim, como não podemos esquecer da implantação do VLT Carioca (Veículo Leve sobre Trilhos), uma forma de mobilidade urbana moderna,  e mais limpa, já que é movido a energia elétrica.

Infelizmente o Brasil poderia ter saído na frente em sustentabilidade, e organização, e mostrar ao mundo um país melhor, na qual não só existia corrupção, violência, mas que tínhamos respeito pelos nossos rios, e por todos recursos naturais, tão exuberantes e importantes, mas não foi dessa vez... medalha de latão para a Prefeitura do RJ!
Espero que o evento de certo, na paz, mesmo com todos esses problemas, e que nossas atletas nos presenteiem com muitas medalhas, já que eles merecem! 

Érica Sena – Julho/2016
Bióloga, gestora ambiental, educadora, especialista em Tecnologias Ambientais, blogueira, palestrante.

Saiba mais sobre as medalhas em:
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