Não sei vocês, mas diante de tantos acontecimentos
catastróficos vindos de todos os lugares do Planeta, meu medo do futuro próximo
aumenta.
Previsões horríveis são feitas caso não haja diminuição da
emissão de gases estufa, urgentemente, e mesmo com a Acordo de Paris e várias
pessoas preocupadas, tenho minhas dúvidas se haverá essa diminuição.
Enquanto o Presidente Michel Temer assinou
o Acordo de Paris, se responsabilizando em diminuir as emissões aqui no Brasil,
o Congresso brasileiro aprovou no dia 19 de outubro um programa que
incentiva a energia suja, com geração de eletricidade pela queima de carvão (Medida Provisória 735), mas para a nossa
sorte, o presidente Temer já deu a entender que não sancionará essa MP, afirmando
que iria contra o interesse
público e com compromissos internacionais, que preveem a redução de emissões de
gases poluentes.
Saindo do nosso país e indo para o mundo, temos a vitória
de Donald Trump, para presidente dos Estados Unidos, que nos seus discursos
como candidato, não nos pareceu preocupado com a temática ambiental, nos gera,
além de descontentamento e raiva, uma dúvida cruel de como ficará a luta para
evitar o aumento do aquecimento global.
Mas, tanto no Brasil, como no mundo, a culpa é nossa (sociedade
e eleitores) em não exigirmos dos nossos candidatos a vereadores, prefeitos,
deputados, governadores e presidentes terem em suas propostas a busca pela
sustentabilidade. Aqui em São Paulo, não vi nenhum candidato à prefeito a falar
sobre essa temática, ficando apenas para alguns candidatos à vereadores se
preocuparem.
Por mais que já tenhamos inúmeras evidencias que as
mudanças climáticas já estão ocorrendo, como: temperaturas cada vez mais altas durante o
verão, alteração do regime pluvial, aquecimento da água do mar, levando ao aumento
do seu nível e branqueamento dos corais, nos deparamos com maior frequência de inúmeras
catástrofes ambientais, mas mesmo assim muitos falam que é mentira. Realmente
eles são piores que São Tomé, que só acreditam vendo!
O pior é quando colocamos no poder pessoas com essa
mentalidade, ou no caso esse “vício” de ter cada vez mais, sem olhar para as
consequências que causa. Isso me preocupa! Medo da Era Trump, que infelizmente
não interfere só no seu país, mas no mundo todo. Medo do Presidente Temer
continuar a política de investir nas energias não limpas, e com isso, perdermos
a chance de garantir uma vida digna às gerações futuras, e inviabilizar a
nossa. Parece que o meio político enxerga a sustentabilidade como um entrave no
desenvolvimento econômico, e não como um caminho mais racional de se obter
recursos da natureza sem extingui-los.
Uma dúvida paira no ar: como será o nosso futuro no prazo
de 05, 10, 20, 50 anos? Teremos água potável? Ar puro? Florestas? Alimentos? Teremos saúde? Será que
estaremos vivos, ou seremos vítimas de uma catástrofe da natureza qualquer, já
que elas vêm aumentando?
Vamos rezar/orar/vibrar, como queiram! E além disso, precisaremos
arregaçar as mangas, sair da comodidade da nossa vidinha consumista e egoísta e
partir para a luta. Exigir dos governantes, empresários, e principalmente de
NÓS MESMOS, mudanças de atitudes em nosso cotidiano em relação a uso de água,
energia elétrica, consumo, alimentação, preservação/conservação da cobertura vegetal
e dos rios de nossa região, isto é, nos empoderarmos da nossa obrigação de
cuidar do espaço em que vivemos.
Érica Sena:
Bióloga, gestora ambiental,
educadora, especialista em Tecnologias Ambientais, blogueira, palestrante.
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