terça-feira, 15 de junho de 2010

Ótima idéia: Matéria-prima semi-nova!


Está precisando de duas toneladas de jeans velhos ou de um caminhão de alimentos orgânicos apodrecidos? Você pode conseguir estes materiais por um preço baratinho por intermédio do Recyclematch, um website norte-americano que procura clientes interessados em resíduos industriais e comerciais que não são absorvidos pelos projetos de reciclagem convencionais.
A empresa vendedora se livra de um mico e ganha algum dinheiro com o resíduo, enquanto o comprador adquire materiais a um custo inferior ao da matéria-prima virgem e, em alguns casos, de melhor qualidade. O website, por sua vez, cobra uma taxa por transação concluída. A iniciativa foi considerada uma das “100 idéias brilhantes”, lista anual publicada pela revista Entrepreneur Magazine.
A idéia não é exatamente inédita. Nos Estados Unidos, alguns governos estaduais, como o da California, mantêm serviços semelhantes e gratuitos. E, no Brasil, bolsas de resíduos existem pelo menos desde os anos 90, criadas por uma dezena de federações estaduais de indústrias. Por meio delas, indústrias, estabelecimentos comerciais e até cooperativas de catadores vendem seus resíduos recicláveis e não perigosos, evitando que eles acabem num aterro industrial ou lugar pior. É um mercado que gera algumas centenas de milhares de reais por ano. Você pode contatá-las por meio da Confederacão Nacional da Indústria ou das federações de indústrias dos seguintes estados: Bahia, Ceará, Minas GeraisParaná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
No entanto, o Recyclematch tem algumas peculiaridades – ele mantém o nome das empresas fornecedoras em sigilo, atua internacionalmente (embora o grosso de sua atuação seja mesmo nos Estados Unidos) e alcançou uma visibilidade que as bolsas de resíduos tradicionais geralmente não conseguem. Dentre suas histórias de sucesso, está a intermediação da venda de 82 toneladas de vidros planos de janelas que foram extraídas de um arranha-céus que foi reformado para melhorar o seu isolamento térmico. O material foi adquirido por uma fabricante de bancadas para cozinhas. Num outro caso, outdoors publicitários feitos de vinil foram comprados por um fabricante de bolsas artesanais, que incorporou o colorido dos anúncios à sua estampa.

Alguém aí se interessa em criar algo semelhante no Brasil?


Fonte: Revista Página 22

Até a copa do mundo ficou verde.

Para reduzir danos ambientais, países-sede usam tecnologias limpas e tornam seus estádios sustentáveis

 O jogo de abertura da Copa do Mundo 2010, no estádio Soccer City, em Johannesburgo, onde será disputada também a final, a arena passou por uma ampla reconstrução para sediar jogos do mundial. Reforma-se construções de estádios, aliadas ao transporte de cerca de 350 000 turistas até a África do Sul, devem provocar a emissão de 2,75 milhões de toneladas de dióxido de carbono na atmosfera. Esse número só não é maior porque desde 2006, na Copa da Alemanha, uma série de medidas vem sendo tomada pelos países anfitriões e pela Federação Internacional de Futebol (FIFA) para reduzir os danos ambientais.

A África do Sul está num estágio intermediário de adoção dos padrões verdes. A expectativa é de que o Brasil seja o primeiro país a aplicar mudanças em larga escala, para a Copa de 2014. A transformação começa pelos estádios. Em 2006, algumas arenas reciclaram o lixo e captaram água
da chuva para reúso.


Na África, algumas obras, como o estádio da Cidade do Cabo, destacam-se pela sustentabilidade, enquanto outros receberam poucos recursos nessa área. 

Nos projetos para os 12 estádios brasileiros da Copa de 2014, há reformas e novas construções. Muita coisa já melhorou desde o início dos trabalhos, há dois anos. “Quando os projetos nacionais foram apresentados, a maioria não tinha preocupações ambientais, como alternativas para energia renovável”, diz Vicente Castro Mello, arquiteto responsável pelo projeto do estádio de Brasília. O novo Vivaldo Lima, em Manaus, prevê o uso de bioetanol e energia geotérmica para gerar eletricidade.

O Beira-Rio, em Porto Alegre, terá um programa para com postagem do gramado, usando
a grama cortada para adubar campos de treinamento do Internacional. No Fonte Nova, em Salvador, haverá um sistema para repelir o calor e evitar grandes gastos com refrigeração. Ele é projetado para receber ventilação natural externa e dar menos trabalho ao ar-condicionado. Na Arena Cuiabá, parte da arquibancada será de metal parafusado, para reduzir a capacidade do estádio depois do mundial, evitando o abandono e o alto custo de manutenção. Outras ideias incluem a instalação de placas fotovoltaicas, uso de equipamentos com menor consumo de energia, assim como o reaproveitamento e o tratamento da água da chuva.


As iniciativas para uso de tecnologias verdes devem vir das cidades-sede e dos arquitetos e engenheiros que construirão os estádios. A meta é atingir o padrão de construção recomendado pela FIFA em seus Green Goals (objetivos de preservação ambiental)

O Comitê Organizador Local da Copa recomenda regras mais rígidas, estabelecidas na certificação Liderança em Energia e Design Ambiental (Leed, na sigla em inglês). Os estádios que recebem esta distinção podem ter um custo de construção ou reforma elevado em até 7%,mas chegam a economizar 30% em energia, 50% no consumo de água e 35% nas emissões de gás carbônico. Até agora, cinco das 12 arenas estão registradas para receber a certificação Leed: o Estádio Nacional de Brasília, o Mineirão, o Maracanã, o Vivaldo Lima e a Arena Cuiabá.

VERDES E MAIS TECNOLÓGICOS
Para a Copa de 2014, além das tecnologias verdes, ideias mais avançadas estão surgindo. Jaime Stabel, diretor de tecnologia do Instituto de Tecnologia do Software, afirma que a Copa no Brasil pode iniciar mudanças. No exterior, já é possível ver o mapa de assentos do estádio em 3D pela web. Na África do Sul, o torcedor poderá fazer pedidos na lanchonete pelo celular e recebê-los sem sair do lugar. No Brasil, estuda-se a possibilidade de uso de impressões digitais para acesso aos jogos. Todas as arenas deverão ter Wi-Fi. Bolas com chip e chuteiras com acelerômetro poderão ajudar os juízes a evitar falhas — se a FIFA permitir tantas inovações, é claro. Tudo isso ainda é incerto, mas ninguém duvida que com alta definição e 3D, muita coisa mudará. Qualquer um poderá gravar imagens do jogo e mandá-las para a internet. As partidas serão transmitidas de forma mais participativa para o telespectador. E quem for ao estádio, verá uma construção mais sustentável e tecnológica.

ENERGIA DO VENTO
Há estudos para a instalação de turbinas eólicas próximas a estádios. Mas a viabilidade ainda está sendo discutida, como no Manchester Stadium, na Inglaterra. Como no país costuma nevar, o gelo se deposita sobre as hélices, o que é considerado um risco, pois pode atingir os torcedores.

ARENAS ECOLÓGICAS
Fontes alternativas de energia, reciclagem de lixo e reaproveitamento de água já são realidade em estádios pelo mundo.
 Fonte: Planeta Sustentável