Para reduzir danos ambientais, países-sede usam tecnologias
limpas e tornam seus estádios sustentáveis
No próximo dia 11, África do Sul e México farão o jogo de
abertura da Copa do Mundo 2010, no estádio Soccer City, em
Johannesburgo. Principal ícone da Copa, onde será disputada também a
final, a arena passou por uma ampla reconstrução para sediar jogos do
mundial. Reforma-se construções de estádios, aliadas ao transporte de
cerca de 350 000 turistas até a África do Sul, devem provocar a emissão
de 2,75 milhões de toneladas de dióxido de carbono na atmosfera. Esse
número só não é maior porque desde 2006, na Copa da Alemanha, uma série
de medidas vem sendo tomada pelos países anfitriões e pela Federação
Internacional de Futebol (FIFA) para reduzir os danos ambientais.
A
África do Sul está num estágio intermediário de adoção dos padrões
verdes. A expectativa é de que o Brasil seja o primeiro país a aplicar
mudanças em larga escala, para a Copa de 2014. A transformação começa
pelos estádios. Em 2006, algumas arenas reciclaram o lixo e captaram
água
da chuva para reúso.
Na África, algumas obras, como o
estádio da Cidade do Cabo, destacam-se pela sustentabilidade, enquanto
outros receberam poucos recursos nessa área. Nos projetos para os 12
estádios brasileiros da Copa de 2014, há reformas e novas construções.
Muita coisa já melhorou desde o início dos trabalhos, há dois anos.
“Quando os projetos nacionais foram apresentados, a maioria não tinha
preocupações ambientais, como alternativas para energia renovável”, diz
Vicente Castro Mello, arquiteto responsável pelo projeto do estádio de
Brasília. O novo Vivaldo Lima, em Manaus, prevê o uso de bioetanol e
energia geotérmica para gerar eletricidade.
O Beira-Rio, em
Porto Alegre, terá um programa para com postagem do gramado, usando
a
grama cortada para adubar campos de treinamento do Internacional. No
Fonte Nova, em Salvador, haverá um sistema para repelir o calor e evitar
grandes gastos com refrigeração. Ele é projetado para receber
ventilação natural externa e dar menos trabalho ao ar-condicionado. Na
Arena Cuiabá, parte da arquibancada será de metal parafusado, para
reduzir a capacidade do estádio depois do mundial, evitando o abandono e
o alto custo de manutenção. Outras ideias incluem a instalação de
placas fotovoltaicas, uso de equipamentos com menor consumo de energia,
assim como o reaproveitamento e o tratamento da água da chuva.
As
iniciativas para uso de tecnologias verdes devem vir das cidades-sede e
dos arquitetos e engenheiros que construirão os estádios. A meta é
atingir o padrão de construção recomendado pela FIFA em seus Green Goals
(objetivos de preservação ambiental). O Comitê Organizador Local da
Copa recomenda regras mais rígidas, estabelecidas na certificação
Liderança em Energia e Design Ambiental (Leed, na sigla em inglês). Os
estádios que recebem esta distinção podem ter um custo de construção ou
reforma elevado em até 7%,mas chegam a economizar 30% em energia, 50% no
consumo de água e 35% nas emissões de gás carbônico. Até agora, cinco
das 12 arenas estão registradas para receber a certificação Leed: o
Estádio Nacional de Brasília, o Mineirão, o Maracanã, o Vivaldo Lima e a
Arena Cuiabá.
VERDES E MAIS TECNOLÓGICOS Para
a Copa de 2014, além das tecnologias verdes, ideias mais avançadas
estão surgindo. Jaime Stabel, diretor de tecnologia do Instituto de
Tecnologia do Software, afirma que a Copa no Brasil pode iniciar
mudanças. No exterior, já é possível ver o mapa de assentos do estádio
em 3D pela web. Na África do Sul, o torcedor poderá fazer pedidos na
lanchonete pelo celular e recebê-los sem sair do lugar. No Brasil,
estuda-se a possibilidade de uso de impressões digitais para acesso aos
jogos. Todas as arenas deverão ter Wi-Fi. Bolas com chip e chuteiras com
acelerômetro poderão ajudar os juízes a evitar falhas — se a FIFA
permitir tantas inovações, é claro. Tudo isso ainda é incerto, mas
ninguém duvida que com alta definição e 3D, muita coisa mudará. Qualquer
um poderá gravar imagens do jogo e mandá-las para a internet. As
partidas serão transmitidas de forma mais participativa para o
telespectador. E quem for ao estádio, verá uma construção mais
sustentável e tecnológica.
ENERGIA DO VENTO Há
estudos para a instalação de turbinas eólicas próximas a estádios. Mas a
viabilidade ainda está sendo discutida, como no Manchester Stadium, na
Inglaterra. Como no país costuma nevar, o gelo se deposita sobre as
hélices, o que é considerado um risco, pois pode atingir os torcedores.
ARENAS
ECOLÓGICAS Fontes alternativas de energia, reciclagem de
lixo e reaproveitamento de água já são realidade em estádios pelo mundo.
VEJA
QUADRO: Arenas ecológicas
O jogo de
abertura da Copa do Mundo 2010, no estádio Soccer City, em
Johannesburgo, onde será disputada também a
final, a arena passou por uma ampla reconstrução para sediar jogos do
mundial. Reforma-se construções de estádios, aliadas ao transporte de
cerca de 350 000 turistas até a África do Sul, devem provocar a emissão
de 2,75 milhões de toneladas de dióxido de carbono na atmosfera. Esse
número só não é maior porque desde 2006, na Copa da Alemanha, uma série
de medidas vem sendo tomada pelos países anfitriões e pela Federação
Internacional de Futebol (FIFA) para reduzir os danos ambientais.
A
África do Sul está num estágio intermediário de adoção dos padrões
verdes. A expectativa é de que o Brasil seja o primeiro país a aplicar
mudanças em larga escala, para a Copa de 2014. A transformação começa
pelos estádios. Em 2006, algumas arenas reciclaram o lixo e captaram
água
da chuva para reúso.
Na África, algumas obras, como o
estádio da Cidade do Cabo, destacam-se pela sustentabilidade, enquanto
outros receberam poucos recursos nessa área.
Nos projetos para os 12
estádios brasileiros da Copa de 2014, há reformas e novas construções.
Muita coisa já melhorou desde o início dos trabalhos, há dois anos.
“Quando os projetos nacionais foram apresentados, a maioria não tinha
preocupações ambientais, como alternativas para energia renovável”, diz
Vicente Castro Mello, arquiteto responsável pelo projeto do estádio de
Brasília. O novo Vivaldo Lima, em Manaus, prevê o uso de bioetanol e
energia geotérmica para gerar eletricidade.
O Beira-Rio, em
Porto Alegre, terá um programa para com postagem do gramado, usando
a
grama cortada para adubar campos de treinamento do Internacional. No
Fonte Nova, em Salvador, haverá um sistema para repelir o calor e evitar
grandes gastos com refrigeração. Ele é projetado para receber
ventilação natural externa e dar menos trabalho ao ar-condicionado. Na
Arena Cuiabá, parte da arquibancada será de metal parafusado, para
reduzir a capacidade do estádio depois do mundial, evitando o abandono e
o alto custo de manutenção. Outras ideias incluem a instalação de
placas fotovoltaicas, uso de equipamentos com menor consumo de energia,
assim como o reaproveitamento e o tratamento da água da chuva.
As
iniciativas para uso de tecnologias verdes devem vir das cidades-sede e
dos arquitetos e engenheiros que construirão os estádios. A meta é
atingir o padrão de construção recomendado pela FIFA em seus Green Goals
(objetivos de preservação ambiental).
O Comitê Organizador Local da
Copa recomenda regras mais rígidas, estabelecidas na certificação
Liderança em Energia e Design Ambiental (Leed, na sigla em inglês). Os
estádios que recebem esta distinção podem ter um custo de construção ou
reforma elevado em até 7%,mas chegam a economizar 30% em energia, 50% no
consumo de água e 35% nas emissões de gás carbônico. Até agora, cinco
das 12 arenas estão registradas para receber a certificação Leed: o
Estádio Nacional de Brasília, o Mineirão, o Maracanã, o Vivaldo Lima e a
Arena Cuiabá.
VERDES E MAIS TECNOLÓGICOS
Para
a Copa de 2014, além das tecnologias verdes, ideias mais avançadas
estão surgindo. Jaime Stabel, diretor de tecnologia do Instituto de
Tecnologia do Software, afirma que a Copa no Brasil pode iniciar
mudanças. No exterior, já é possível ver o mapa de assentos do estádio
em 3D pela web. Na África do Sul, o torcedor poderá fazer pedidos na
lanchonete pelo celular e recebê-los sem sair do lugar. No Brasil,
estuda-se a possibilidade de uso de impressões digitais para acesso aos
jogos. Todas as arenas deverão ter Wi-Fi. Bolas com chip e chuteiras com
acelerômetro poderão ajudar os juízes a evitar falhas — se a FIFA
permitir tantas inovações, é claro. Tudo isso ainda é incerto, mas
ninguém duvida que com alta definição e 3D, muita coisa mudará. Qualquer
um poderá gravar imagens do jogo e mandá-las para a internet. As
partidas serão transmitidas de forma mais participativa para o
telespectador. E quem for ao estádio, verá uma construção mais
sustentável e tecnológica.
ENERGIA DO VENTO
Há
estudos para a instalação de turbinas eólicas próximas a estádios. Mas a
viabilidade ainda está sendo discutida, como no Manchester Stadium, na
Inglaterra. Como no país costuma nevar, o gelo se deposita sobre as
hélices, o que é considerado um risco, pois pode atingir os torcedores.
ARENAS
ECOLÓGICAS
Fontes alternativas de energia, reciclagem de
lixo e reaproveitamento de água já são realidade em estádios pelo mundo.

Fonte: Planeta Sustentável