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quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Presente que ganhei no finalzinho de setembro. Valeu Alexandre Mauj!!!!!

Estou  passando para vcs um post maravilhoso sobre sacolas plásticas que me foi dedicado...É muito bom ter amigos, mesmo virtuais e que morem no outro lado do mundo...Adorei Alexandre. Parabéns por ser essa pessoa especial!!!! Sucesso!!! Seu blog é ótimooooo!!!!

Não Vamos Mais Passar a Sacolinha! - Lost in Japan

(mauj77.blogspot.com) Alexandre Mauj Imamura Gonzalez



 Parodiando a famosa frase do personagem Tim Tones, de Chico Anysio, conto a vocês uma historinha:


* Prólogo:
Uma coisa que lembro... quando era bem criança, pirralhinho de tudo, era ir com a minha mãe ao supermercado
De praxe deixava-a louca, com tantos doces e guloseimas que eu achava que ficavam lindos no carrinho do mercado.
Isso, literalmente, torrava o saco que ela não tinha dela. 


Falando em saco: lá vem pornografia! Oba
Não, não vem, não (não faça esse muxoxo de decepção).




Historinha:
Ajudava minha mãe a carregar as sacolas para casa. 
Minha mãe, tomada de um flamejante espírito de exploração infantil, me dava as pequenas sacolas para carregar. 
Em verdade não eram sacolas, eram sacos! 
Eu não era o homem do saco, mas era o menino.


Sacos de papel, não tinham alça. Vinham abraçados, como se fossem protetores de peito, apoiados por doloridos antebraços.
E caso esses sacos de papel se molhassem por algum motivo, estivessem lotados demais, rasgavam bem ali-no-meio-da-rua! Sem cerimônias.

Para piorar, a saída do mercado costumeiro ficava em uma ladeira. 
Show dos  Rolling-Laranjas/Tomates em cartaz. 
Cebolas que chegavam primeiro em casa que nós.


* Passaram-se alguns anos:

Tempos Modernos!
Vieram as sacolas plásticas
-Prásticas? 
-Na verdade, práticas!





Branquinhas como a neve. Um contraste contra o ar sisudo do temperamental saco de papel.

Fininhas, mas resistentes, aguentavam tranquilamente o peso das compras sem rasgar.
Tinham alça! Que beleza, nada mais de carregar no colo sacos de supermercado.

Descobrimos que serviam também como sacos de lixo! Ótimas para guardar coisas também!
Guardavam-se nelas desde coisas pequenas, roupas velhas,  ao cocô do cachorro.
E nego descobriu que podia usá-las até como touca de banho!  Uma euforia só com essa novidade.

Com o tempo ganharam cores, formatos, logotipos estampados. Ninguem mais queria comprar naquela mercearia de pobre que ainda usava o velho saco de papel! 
Um viva a Beleza Plástica


Praticidade que surgia para nosso dia a dia. 
Progresso.


*Virada na história:

Trágédia que desabrochava na Terra, em épocas de parcos cidadãos que se importavam com a saúde do planeta. (não era por maldade, era pura falta de consciência mesmo).







Sacolas plásticas são feitas a partir de ... plástico! 
Que coisa óbvia! Parabéns, óh gênio da lâmpada! - você acaba de pensar.


O plástico tem como matéria-prima o polietileno, produzido a partir de material fóssil. Aquele que se amasiou com o tal de Efeito Estufa.
Na produção de uma tonelada,  grande consumo de luz elétrica (1500kw/hora, suficiente para o consumo de 5 casas médias em um mês). 
Muita água também é utilizada no processo. 
Água esta que recebe dejetos e mais dejetos das etapas de produção.

 *Último Bloco:

Quase um trilhão de sacolas plásticas são produzidas anualmente. 

Aterros sanitários lotados de sacolas.
Tu és pó, e ao pó tornarás muito antes destas sacolas se tornarem pó. 
Coloque na conta de 100 a 300 anos para as famigeradas se decomporem. Talvez ainda durem mais que isso.


E são levinhas, com vento facilmente viram um balão, até pelo formato que possuem. 



Adoram voar por ai, aterrissar em rios, em ruas, indo parar nos sistemas de esgoto.


Entopem as bocas-de-lobo. Mais enchentes à vista.
Rios sujos forrados de plástico.





Sacolas que navegam dos rios aos oceanos.
Peixe morre pela boca, come tudo o que vê pela frente. 
Uma fartura de plástico para alimentar não só os peixes
Plástico para milhares de baleias, golfinhos, aves marinhas. 
Famoso foi o caso da baleia anã da Normandia, que morreu com meros OITOCENTOS QUILOS de sacolas plásticas em seu estômago, em 1992. 
E não era história de pescador!





Singelas sacolinhas, quanto mal carregam!





*Epílogo
Resolvi contar essa história do saco plástico porque vejo muitos amigos verde-amarelo reclamando da atual política das lojas e mercados japoneses de não mais oferecerem sacolas plásticas. 
Achando que o mercado quer economizar, por não ter que oferecer sacolas para você carregar sua compra. 
Que seria um tipo de "frescura verde". Idéia de gente sem coisa pra fazer.


Muitos mercados aqui no Japão nem permitem mais a compra se você não tiver uma sacola retornável.

* Brake Comercial:


Abraçe essa causa com força. E vivam as sacolas retornáveis, compre uma bem bacana e vá as compras.








Dedico esse post a Raquel Almeida do "Água, Dona da Vida" e a Érica Sena, do "Pensar Eco".

Muito bom o texto do Alexandre, né??????
Parabéns mais ma vez!!!
bj


ÉRICA

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Érica Sena
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