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sábado, 26 de junho de 2010

Será que o selo da biodiversidade vai colar?

Depois dos selos orgânicos, das florestas, da energia... vem aí o selo da biodiversidade
Stefano Martini
O CRIADOR

Milano, idealizador do Life, no Jardim Botânico do Rio. O selo busca medir vários tipos de agressões à vida
Há hoje pelo menos 17 mil espécies de animais e plantas em risco de desaparecer por causa da forma como a humanidade produz, consome e se espalha. As empresas deveriam ajudar a reduzir a tragédia? Um grupo de ambientalistas, acadêmicos e empresários brasileiros acredita que sim. Eles criaram o selo Life (sigla, em inglês, para Iniciativa Duradoura pela Terra, em inglês), uma certificação que pretende atestar se uma companhia ou fábrica jogam ou não contra a diversidade de espécies. 

Se existem muitas espécies em extinção, a família dos selos não é uma delas.

O Life é apenas o mais novo e ambicioso dos selos verdes, uma turma que surgiu timidamente nos anos 70, por pressão do movimento ambientalista

As empresas adotaram a novidade de olho na crescente sensibilidade dos consumidores. A Alemanha inaugurou a onda das “ecocertificações” em 1978, com o Blue Angel, voltado para pilhas, baterias e outros produtos que não danificassem a camada de ozônio. Na última década, vários deles invadiram o mercado (leia abaixo) . Eles servem para algo? 

 O sucesso ou o fracasso de qualquer selo depende de pelo menos dois fatores. O primeiro será técnico – se o selo consegue medir o que se propõe. O segundo é a relevância.

“Só se pode dizer que um selo deu certo se o cliente ou o consumidor o levarem em consideração na hora de comprar ou fazer negócio”, diz o consultor Aerton Paiva, da Gestão Origami.

 O mundo dos selos vive, portanto, uma espécie de competição tão acirrada quanto a concorrência entre empresas. Em tese, todos podem ser bem-sucedidos. Na prática, a atenção das pessoas é limitada. Ninguém adere a todas as campanhas bem-intencionadas do mundo. 

Ainda é cedo para saber se o Life vai sobreviver. A norma foi desenhada com o Instituto Tecnológico do Paraná (TecPar) entre 2007 e 2009. Até o final do ano, será testada em quatro empresas: a Hidrelétrica Itaipu Binacional, a fabricante de cosméticos O Boticário, a MPX Energia, do empresário Eike Batista, e a Posigraf, gráfica do Grupo Positivo.

  Quanto às dificuldades técnicas, o Life é um dos selos mais complicados. Ele busca medir agressões à biodiversidade – e elas são de tantos tipos que fica difícil normatizá-las (é muito mais simples checar emissões de poluentes, por exemplo). 

A intenção é louvável. “Não conhecemos um quinto do que a natureza tem a oferecer. Extinguir espécies pode implicar perder a cura para muitas doenças”, diz Giovana de Bruns, da ONG The Nature Conservancy (TNC).

“As empresas já sabem que é importante agir contra as mudanças climáticas”, afirma o engenheiro florestal Miguel Milano, idealizador do selo e conselheiro do Instituto Life, criado para conceder a certificação. “Queremos agora trazer a iniciativa privada para atuar em favor da biodiversidade.” 

O problema é como fazer isso. A metodologia do Life consiste em avaliar o maior número possível de aspectos da companhia: investimento em áreas verdes, consumo de água e energia, emissão de gases de efeito estufa, possíveis efeitos negativos de seus produtos e serviços. Um selo tão completo corre o risco de se perder em sua própria abrangência.

                         Os carimbos verdes
As “ecocertificações” nasceram nos anos 70 e vêm se multiplicando. Eis algumas


  • FSC-Criado em 1993, atesta que produtos de madeira e papel são feitos sem matéria-prima de desmatamento

  • FLO- Maior certificadora de comércio justo do mundo, garante boas condições de mercado para pequenos produtores

  • Leed- É um selo global. Atesta o consumo responsável, em edifícios, de energia, água e matérias-primas na construção

  • Rainforest Alliance Certifie- Atesta que empresas do agronegócio respeitam a biodiversidade e os trabalhadores rurais

  • EcoSocial IB-  Certifica alimentos, cosméticos e algodão orgânicos; exige obediência às leis trabalhistas e ao Código Florestal

  Fonte: Revista Época
Se interessou? Quer saber mais sobre esse assunto? Acessem:
http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/atitude/selos-verdes-493188.shtml

   Estou na torcida para que cole!!!
    Érica Sena

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