Energia do lixo pode abastecer 1,5 milhão de brasileiros
Um grande potencial energético pode ser encontrado no lixo Somente os aterros sanitários brasileiros têm capacidade para gerar 280 megawatts de energia limpa a partir do aproveitamento do metano, gás expelido durante o processo de decomposição do lixo.
Conforme informações divulgadas no “Atlas Brasileiro de Emissões de GEE e Potencial Energético na Destinação de Resíduos Sólidos”, lançado na última quinta-feira (28) pela Abrelpe (Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais), a eletricidade proveniente dos aterros brasileiros seria capaz de fornecer energia para 1,5 milhão de pessoas.
O sistema de aproveitamento do biogás para fins energéticos já é aplicada no Brasil, mas o processo abrange uma quantidade ainda muito pequena dos aterros que estão espalhados pelo país. Para que este potencial seja realmente aproveitado é preciso contar com investimento médio de R$ 1 bilhão, conforme informado por Carlos Silva Filho, diretor executivo da Abrelpe.
O documento produzido pela organização em parceria com instituições internacionais tem como intuito direcionar o Brasil para novos ramos de investimentos em energia renovável. O diretor ainda explicou que a proposta é estimular a produção de energia através do biogás da mesma forma que acontece com os incentivos à energia eólica, por exemplo.
A prova de que o Brasil é um país com grande potencial neste segmento é quantidade de lixo gerada anualmente. Em 2011, a Abrelpe identificou uma produção diária de 198 mil toneladas de resíduos descartados. No entanto, 11% desta produção não foram ao menos coletadas e outros 41% tiveram destinação inadequada.
Um questionamento comum quando se fala em produção energética a partir do lixo é se ela é conflitante com a reciclagem.
Esse não é um problema que deve impedir os investimentos em biogás, pois a eficiência da produção e da decomposição aumenta conforme aumenta-se também a quantidade de resíduos orgânicos.
Desta forma, o ideal para manter uma produção em alto nível é que os materiais recicláveis sejam previamente separados e destinados à reciclagem antes de irem para os lixões ou aterros sanitários. (Redação CicloVivo)
Um grande potencial energético pode ser encontrado no lixo Somente os aterros sanitários brasileiros têm capacidade para gerar 280 megawatts de energia limpa a partir do aproveitamento do metano, gás expelido durante o processo de decomposição do lixo.
Conforme informações divulgadas no “Atlas Brasileiro de Emissões de GEE e Potencial Energético na Destinação de Resíduos Sólidos”, lançado na última quinta-feira (28) pela Abrelpe (Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais), a eletricidade proveniente dos aterros brasileiros seria capaz de fornecer energia para 1,5 milhão de pessoas.
O sistema de aproveitamento do biogás para fins energéticos já é aplicada no Brasil, mas o processo abrange uma quantidade ainda muito pequena dos aterros que estão espalhados pelo país. Para que este potencial seja realmente aproveitado é preciso contar com investimento médio de R$ 1 bilhão, conforme informado por Carlos Silva Filho, diretor executivo da Abrelpe.
O documento produzido pela organização em parceria com instituições internacionais tem como intuito direcionar o Brasil para novos ramos de investimentos em energia renovável. O diretor ainda explicou que a proposta é estimular a produção de energia através do biogás da mesma forma que acontece com os incentivos à energia eólica, por exemplo.
A prova de que o Brasil é um país com grande potencial neste segmento é quantidade de lixo gerada anualmente. Em 2011, a Abrelpe identificou uma produção diária de 198 mil toneladas de resíduos descartados. No entanto, 11% desta produção não foram ao menos coletadas e outros 41% tiveram destinação inadequada.
Um questionamento comum quando se fala em produção energética a partir do lixo é se ela é conflitante com a reciclagem.
Esse não é um problema que deve impedir os investimentos em biogás, pois a eficiência da produção e da decomposição aumenta conforme aumenta-se também a quantidade de resíduos orgânicos.
Desta forma, o ideal para manter uma produção em alto nível é que os materiais recicláveis sejam previamente separados e destinados à reciclagem antes de irem para os lixões ou aterros sanitários. (Redação CicloVivo)
Saiba mais sobre a produção do biogás através dos resíduos depositados nos aterros sanitários.
Aproveitamento Energético do Biogás de Aterro Sanitário
1- A Geração de Biogás nos Aterros Sanitários
A disposição final de resíduos sólidos urbanos produz emissões de gases causadores do efeito estufa. Com o aumento da população mundial hoje estimada em 6,0 bilhões e o grau de urbanização que representa 75% do total da população vivendo em cidades, torna-se clara a necessidade de um correto gerenciamento da disposição final de resíduos sólidos urbanos.
Para estimar a composição e o quantitativo do biogás a ser produzido no aterro, pode ser utilizado o modelo matemático do Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC) - Waste Model, disponível no sítio eletrônicohttp://cdm.unfccc.int/index.html.
2- Composição do Biogás de Aterro
Um aterro de resíduos sólidos pode ser considerado como um reator biológico onde as principais entradas são os resíduos e a água e as principais saídas são os gases e o chorume. A decomposição da matéria orgânica ocorre por dois processos, o primeiro processo é de decomposição aeróbia e ocorre normalmente no período de deposição do resíduo. Após este período, a redução do O2 presente nos resíduos dá origem ao processo de decomposição anaeróbia.
O gás de aterro é composto por vários gases, alguns presentes em grandes quantidades como o metano e o dióxido de carbono e outros em quantidades em traços. Os gases presentes nos aterros de resíduos incluem o metano (CH4), dióxido de carbono (CO2), amônia (NH3), hidrogênio (H2), gás sulfídrico (H2S), nitrogênio (N2) e oxigênio (O2). O metano e o dióxido de carbono são os principais gases provenientes da decomposição anaeróbia dos compostos biodegradáveis dos resíduos orgânicos. A distribuição exata do percentual de gases variará conforme a antiguidade do aterro.
Os fatores que podem influenciar na produção de biogás são: composição dos resíduos dispostos, umidade, tamanho das partículas, temperatura, pH, Idade dos resíduos, projeto do aterro e sua operação.
3- Destinação final dos Resíduos Sólidos Urbanos
Geralmente, a geração de biogás inicia-se após a disposição dos resíduos sólidos, encontrando-se, registros de metano ainda nos primeiros três meses após a disposição, podendo continuar por um período de 20, 30 ou até mais anos depois do encerramento do aterro. O gás proveniente dos aterros contribui consideravelmente para o aumento das emissões globais de metano. As estimativas das emissões globais de metano, provenientes dos aterros, oscilam entre 20 e 70 Tg/ano, enquanto que o total das emissões globais pelas fontes antropogênicas equivale a 360 Tg/ano, indicando que os aterros podem produzir cerca de 6 a 20 % do total de metano (IPCC, 1995).
Segundo o Primeiro Inventário Nacional de Emissões Antrópicas de Gases de Efeito Estufa, realizado pelo Governo Federal em 2005, as emissões de metano por resíduos sólidos no Brasil, para o ano de 1990, foram estimadas em 618 Gg, aumentando para 677 Gg no ano de 1994. As emissões de metano geradas no tratamento dos resíduos líqüidos de origem doméstica e comercial foram estimadas em 39 Gg para o ano de 1990, subindo para 43 Gg em 1994. (MMA)
Geralmente, a geração de biogás inicia-se após a disposição dos resíduos sólidos, encontrando-se, registros de metano ainda nos primeiros três meses após a disposição, podendo continuar por um período de 20, 30 ou até mais anos depois do encerramento do aterro. O gás proveniente dos aterros contribui consideravelmente para o aumento das emissões globais de metano. As estimativas das emissões globais de metano, provenientes dos aterros, oscilam entre 20 e 70 Tg/ano, enquanto que o total das emissões globais pelas fontes antropogênicas equivale a 360 Tg/ano, indicando que os aterros podem produzir cerca de 6 a 20 % do total de metano (IPCC, 1995).
Segundo o Primeiro Inventário Nacional de Emissões Antrópicas de Gases de Efeito Estufa, realizado pelo Governo Federal em 2005, as emissões de metano por resíduos sólidos no Brasil, para o ano de 1990, foram estimadas em 618 Gg, aumentando para 677 Gg no ano de 1994. As emissões de metano geradas no tratamento dos resíduos líqüidos de origem doméstica e comercial foram estimadas em 39 Gg para o ano de 1990, subindo para 43 Gg em 1994. (MMA)
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Érica Sena
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