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quarta-feira, 8 de junho de 2016

Como uma fênix, floresta também pode ressuscitar- Flávia Pini


Ano após ano, o homem pôs abaixo milhões de hectares de florestas nativas, extinguindo espécies, acelerando os efeitos do aquecimento global e deixando em alerta o futuro do planeta. Porém, a natureza é mais forte do que a ação humana e, na mesma velocidade com que é desmatada, dá o troco e consegue recuperar sozinha biomas inteiros. Essa nova vegetação, conhecida como capoeira e secundária, é alternativa para combater a emissão de COe compensar, ainda que tardiamente, séculos de exploração indevida dos recursos naturais.

A importância dessa verdadeira ressurreição florestal é provada por números. Um estudo conduzido por uma equipe internacional de cientistas e pesquisadores, mostra que uma mata regenerada consegue sugar o dióxido de carbono até 11 vezes mais do que uma floresta primária e que não tenha passado por desmatamento – além de conseguir recuperar 90% da biomassa original em 66 anos, na média. Assim, consegue neutralizar de forma mais eficaz o gás carbônico emitido pelos homens. Em 2015, por exemplo, essa marca ultrapassou, pela primeira vez na história, a marca de 400 ppm (partes por milhão) na atmosfera.

Uma floresta consegue se regenerar após ser abandonada pela agricultura ou pecuária. O vento, animais e até a chuva levam sementes de vegetação nativa para o local. A primeira etapa consiste na germinação de plantas conhecidas como pioneiras, adaptadas à luz solar  predominante naquele terreno. Conforme elas crescem, a mata fica mais escura  e propicia o aparecimento de plantas “maduras”, que são as que sobreviverão no futuro. Ao longo do tempo, as “plantas pioneiras” morrem e abrem espaço para a consolidação do bioma com diferentes espécies.

Dessa forma, além de neutralizar o COda atmosfera, as florestas regeneradas também contribuem para salvar árvores da extinção e possibilitam que o ambiente continue com suas plantas nativas, evitando que vegetações invasoras comprometam a saúde do solo e de outros seres vivos que vivem no local. Evidentemente, essa ressurreição precisa ser acompanhada e protegida – inclusive há leis que asseguram esses biomas do desmatamento. Este processo só atinge seu objetivo se ficar isolado da ação humana.

Em uma sociedade que encontra grande dificuldade para diminuir o gás carbônico em suas atividades econômicas, promover o ressurgimento de florestas em áreas desmatadas é uma saída simples, barata e eficaz para conter o aquecimento global. Ainda há muito a ser feito para garantir que a temperatura da Terra fique em níveis aceitáveis no futuro. Porém, já demos um importante primeiro passo para o planeta.

* Flávia Pini é Diretora de Marketing da GreenClick, empresa que contribui com a neutralização da emissão de CO2 no país

Fonte: Nb Press

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Abs,
Érica Sena
Pensar Eco

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