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quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Ações de combate à escassez de água precisarão ser implementadas




As secas no nordeste do Brasil devem piorar nos próximos anos devido às mudanças climáticas no mundo, afirmaram pesquisadores presentes na 1ª Conferência Nacional de Mudanças Climáticas Globais (Conclima), ocorrida em setembro, em São Paulo. O evento foi organizado pela Fapesp.

A situação dos biomas nacionais é preocupante. Nos dois últimos anos, mais de 1,4 mil cidades decretaram estado de emergência ou calamidade pública por causa da seca ou da estiagem, segundo o Centro Nacional de Riscos e Gerenciamento de Riscos e Desastres (CENAD). Esses dois problemas hidrológicos, os mais comuns no Brasil, devem aumentar na Amazônia, no Cerrado e na Caatinga, de acordo com o Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC).

Em função da situação exposta acima, especialistas apontam que é urgente o planejamento e a execução de ações que diminuam os efeitos adversos da falta de chuva nas populações dessas regiões. Marcos Airton de Souza Freitas, técnico da Agência Nacional de Águas (ANA), contou à Fapesp que o semiárido está no segundo ano consecutivo de seca e que a média da região é de 4,5 anos nessa condição.

Do campo para a cidade

Os problemas com a seca e a estiagem são sentidos com mais intensidade nos ambientes rurais do semiárido, porém, Freitas contou que os principais reservatórios que abastecem a região urbana estão operando com apenas 40% de sua capacidade e devem esvaziar ainda mais até o fim de 2013.

Iniciativas de adaptação

A escassez de água no semiárido fez com que ações fossem propostas para ajudar a população a lidar com períodos de carência. 

Um exemplo de iniciativa é o Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC). Nesse programa, a água da chuva é capturada por calhas colocadas nos telhados das residências, e conservada em cisternas, para utilização posterior. A capacidade de armazenamento dos reservatórios é de 16 mil litros. Os responsáveis pela implantação do sistema, lançado em 2003, fazem parte da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), composta por mais de mil organizações não governamentais (ONGs).

A agricultura praticada na região precisa ser repensada. O modelo familiar de produção está perdendo mão de obra por causa do nível educacional em crescimento dos jovens.

 O estudioso também sugere que as lavouras sejam cultivadas em locais que tenham um clima propício ao seu desenvolvimento, ou seja, o cultivo de capim para a alimentação de gados deveria acontecer em regiões que sofrerão pouco com as mudanças climáticas, uma vez que esse cultivo demanda muita água. A diversificação da economia, com o apoio ao artesanato e ao turismo, também é sugerida como uma alternativa para os habitantes da região.

São Francisco

Com previsão de conclusão para 2015, a controversa medida da transposição do Rio São Francisco é vista como uma grande ajuda ao problema de falta de água do semiárido, de acordo com Freitas. As bacias do Rio Jaguaribe e do Rio Piranhas-Açu devem ser beneficiadas com 2% da vazão média do São Francisco. Esse volume hídrico deve complementar as políticas de captação e de criação de reservas de água no nordeste. (Agência Fapesp)

Fonte: eCycle

2 comentários:

  1. Oh minha querida! Quanto tempo! Como sempre preocupada com o nosso Mundinho, como diz minha neta! Amo esse cuidado e carinho com o Planeta! bjs grande

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Érica Sena
Pensar Eco

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